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quarta-feira, 21 de março de 2018

As permissões de impressão

Numa resenha a O Rei Adulto, Renata Silva escreveu que "quando pegamos um novo livro em mãos e o abrimos, estamos entrando em um novo mundo, mas geralmente nós só temos certeza disso na introdução, com O Rei Adulto as coisas são um pouco diferentes, nós entramos naquele mundo já na folha de rosto e seguimos assim até o final".

As permissões de impressão. Uma jocosa referência às antigas permissões
que os livros medievais precisavam ter antes de serem impressos.

Esse convite a ingressar num novo mundo inclui o quadro acima, que mostra as "permissões". Durante parte dos séculos medievais e ainda no começo da idade moderna, era comum que um livro só pudesse ser impresso se tivesse permissões régias ou eclesiásticas, dependendo da autoridade emissora.

O Principia Mathematica de Newton também
recebeu o Imprimatur antes de ir para o prelo.
Essas permissões podiam ser até 3: uma dada pelo censor, outra pela autoridade episcopal e pelo superior da ordem ao qual o autor estava subordinado.

A sequência era Imprimi Potest (é possível imprimir), Nihil Obstat Quominus Imprimatur (nada obsta que seja impresso) e, finalmente, o Imprimatur (que se imprima).

As referências a esse costume foram usadas de modo jocoso em O Rei Adulto, no qual as permissões são concedidas por outras crianças, hierarquicamente distintas, começando pela curadora da biblioteca real e terminando com o arquissábio do reino.

Além disso, a primeira das permissões foi modificada para Nullae Contumeliae Parentibus (nenhuma ofensa aos Pais). Afinal, por se tratar de um mundo regido por crianças, garantir que os livros impressos sigam regras de boa educação é fundamental!


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